segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Amour & Amour (Contradições)

Talvez seja-me desafiador falar dos amores
Pois busco na amplitude do Id melancólico
A lírica textura dum poeta oculto nas frases
A justificar as frivolidades do seu sentimento

O poeta é um mentiroso, é a lágrima seca
É o olhar  dissimulados a dizer que chora
São covardias que  farsa poética disseca
Sem  traduzir dos olhos o tom que  ama


O poeta fará da alegria e tristeza o poema, morfologia
Cultas frases lapidadas à mercê de sorrisos e lamentos
Então saiba; Olhos são mais fiéis que a sensível poesia
Pois as letras não ordenam  lealdades nos sentimentos

E esse é o motivo de ser-me difícil escrever o amor
Mas se te aprazas o mel sorvido no relacionamento
Eu o te darei, pois sou as tantas infinidades do ator
Dantes ouças  meu coração e decifres o batimento

Já que poesia alguma irá confessar o quanto ama
Assim como revelado nos tons da minha pulsação

Copirraiti17Fev2014
Véio China©
SCS


domingo, 16 de fevereiro de 2014

COLORS



Todos se amotinaram, relataram
A raiz, o cubo, e a dura verdade
Tons turvos que no ar evaporam
As cenas isentas de simplicidade

São dedos que apontam o que restou
É a solidão alcoolizada nas metáforas
São as nostalgias  que o vento exalou
Pássaro em riste sem  voo de alforria

Foram  ilusões  impondo o dolo e a crença
Pruma  sobrevida  de sensores emperrados
Um doce gosto de engano na boca criança
A farsa das traições nos olhos apaixonados

Sim, todos foram nos legando coisas extraídas
Numa existência que só agora as dívidas cobra
Nestas cicatrizes que hoje relembram  histórias
De mim, o tolo expulsando amores cova afora

Assim, jamais haverá o porquê de me queixar
Das  tonalidades dos olhos que  me quiseram
Todos estiveram ao meu alcance, aquém mar
Olhares nus, incautos, e que  tudo expuseram

Entretanto, não permiti o decifrar das matizes

Copirraiti02Fev2014
Véio China©