segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O preço da poesia


Teu temperamento de mulher
Taciturna
Esnoba-me com toda a classe
Arraigada nos teus dotes de bens
Saiba; Não preciso da tua grana
Nem do apê em Copacabana
Pois para mim basta os amigos
Que sem que saibas os destinos
Me são mais palpáveis que tu

Portanto, com os dividendo das aplicações
Compre esquadrias douradas
Importadas da França
E aproveite e emoldure num quadro
Os teus títulos das muitas  honrarias
De ti nada mais necessito
Nem de frases apaixonadas e mentirosas
Muito menos deste olhar de devassidão
Que me consome como cadência morta

Pois agora é a hora e não me haverá compaixão
Por teus lábios cálidos e de tons carmesins
Nem à tua prepotência reles e vulgar
De não veres em mim aquilo que sou;
Um tesouro - O poeta para o verdadeiro amor -

E se for para ser assim, então saibas!
Para mim tanto fez e tanto faz
Pois com este teu silêncio que se crava no olhar
É que verás ir-me embora, agora - Tudo bem?
Aviso-te porém; Levo além das lembranças tantas

A mais linda chave de prata junto da Mercedes Benz

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