terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Noctívago

Talvez

A madrugada seja unicamente a ilusão
Um falcão de coração apertado
Que mira a caça com os olhos fincados


Talvez

A madrugada seja nada mais que murmúrios
O lamento rajando como o vento de fora
Um uivo que desimporta no rogo das horas


Talvez, e só talvez

A madrugada seja apenas a mulher que vai me matar
Com requintes do que não sei, sem me deixar saber
Se de amor, por dor, ou num reles prazer


Copirraiti 08/02/2011
Véio China©

2 comentários:

  1. A madrugada é música ao som de dó maior silenciada pelas incertezas da mentes suicidas,
    É a verdade não dita entre brincadeiras malditas de amores e desamores, de ordem e desordem e paz e caos,
    A madrugada é a dama onipresente, sedutora e confidente de seres que permutam sem sentido entre as horas que vão se esvaindo como vício natural.
    Ah noite! anfitrião das madrugadas cede à ela o papel principal! Mas se torna coadjuvante uma estrela fascinante que te afaga e te transformar em vilão....O principal!
    Essas madrugadas como enredo, de fantasias e apegos é apenas o rascunho desse cara surreal.

    Boa poesia....É melhor assim rs....nem melancólico nem diabólico...apenas singelo, simples e casual..melhor que contos...Vlw...como sempre singular.

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  2. Massa, Véio! Poemaço, do jeito que me apraz...

    grande abraço.

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