terça-feira, 5 de junho de 2012

Onça

As vezes um urro
Suas unhas fincam minhas costas
Causam dor, apesar de saber, é amor
Noutras seus murmúrios me arrepiam
Escapando dos lábios de hortelã
Um doce toar das mil lições de amor

Ah, Maria, branca, rosa, Maria Flor!
Mesmo não misturados amor e dor
Causam-me medo, espanto e diversão
Afinal, inopinada, de insólita previsão
Na fúria sou a presa, devora-me a leoa
Quando onça, lambe doce, faz-me a cria

Eduardo Pavani

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