segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Néctar


Entre negras rendas
Mãos deslizam macias
E é assim que te desnudo
As curvas que me inebriam
E como um tigre te farejo
Ávido de sabores quentes
Que a carne fresca denuncia

Sem compaixão com a língua vasculho
Até cansá-la devassa, tê-la dormente
Mas a recompensa chega em breve
Ao ouvir os teus sussurros
No teu prazer que me é canto
Ao te sentires  possuída por inteira
Pois à mim o teu corpo não escapa

E assim a tua carne não me foi impune
Nas carícias vis com as quais te galguei
Desbravando-te coxas, peitos e ancas
Como omo quem domina a montanha
E atinge o topo e chega ao ponto
E ouço ecos dos gemidos e prazeres
Ecoando no desfiladeiro quase santo

Exaurida, olho-te e agora estás mais linda
Porém incompleta quer viver outra luxúria 
E meus  dantes olhos inocentes se extasiam
Ao ver entre o vão castanho das tuas coxas
Logo abaixo do pequeno triângulo
Escorrer da tua flor a essência deusa
Excretada dos prazeres múltiplos

Excitado, no abrasivo do teu olhar sei o que agora queres
E minha língua desliza em tua pele ao sorver-te o néctar
Num ato inesperado e profano, o meu presente para a ti
   - Vais me matar prazer seu filho duma cadela! -
Devassa, me insultas, vadia com olhares de uma santa
Depois num suspiro cravas as garras e me lambes a boca
Então sorrio vulgar diante da felina com delírios de puta


Copirraiti18Fev2013
Véio China©

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