Quisera eu vislumbrar o futuro
E no dom da virtude
deslumbrante
Entender-me às previsíveis estações
Como um sorriso de flora Primavera
Exalando olor das pétalas aveludadas
Em vivas tonalidades, natura aquarela
Mas vida não é
unicamente tons e nem flores
Assim é possível
que mareje os olhos e chore
Pois não sou
somente céu azul e nuvens alvas
Sou denso,
enegrecido, tempestades de Verão
Que poderão fazer expulsar de mim os suores
Prantos amaros como as dores de finda paixão
Porém também
haverá o meu tempo da razão
E daquilo que não
foi feliz far-me-ei o Outono
Folhas secas em calçadas sem dono, sem rumo
Desunidas pelo murmúrio das queixas do vento
Apontando em mim crassos erros de percurso
Morte de minha
tola poesia repleta de lamentos
Agora, cansado de
ser flor, poeta sem ser poesia
Uno meus vasos
vazios à famigerada melancolia
Sobrevivendo ao Inverno e às minhas mãos frias
Embriagado nos encorpados vinhos enrubescidos
Cerzindo o embotado
de todos meus desenganos
Nas novas fantasias de amor em outra Primavera
Veio passando pra deixar Beijos e dizer que te leio sempre que possivel nem sempre comento, mas te leio..
ResponderExcluirBeijos saudades..
Gabi!!