terça-feira, 19 de outubro de 2010

Borboletas & Cristais

Estar ausente não torna imune a dor

Pois perturba-me seja o que motivo for
Travestindo-se em míserável zombador
Repercutiu nas paredes do teu cérebro
Raiado nos olhos que pouco cerravam


Sim, sei das  insones e solitárias madrugadas

Não ignoro as bebidas e tudo que te ocorria
Notívago guardando sono para clarear do dia
Em manhãs que flagravam o ocaso e olheiras
Dum vampiro frágil e falto de laços de sangue


Pois maldito seja este que sobrevivendo

Recusou extripar teus braços e as pernas
Um ser abstrato que não te quis pedaços
Mas que não te flertou com outros olhos
Senão aquele do terror que te propiciava


Assim, desditoso seja o que roubou a vida de filme inanimado

Refletiu insânia nos olhos de um sujeito inquieto e amargurado
Colidindo a infâmia dos fatos no bailado do teatro dos dedos
Sucumbidos ao pragmático romantismo da fina taça de cristal
Onde a embriaguez do vinho e diversas capsulas tarjas negras

Foram as sedutoras borboletas valsando suicídio na reta final

Copirraiti18Out2010
Véio China©

*(Em memória de um amigo 18/10/2010)

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