Estar ausente não torna imune a dor
Pois perturba-me seja o que motivo for
Travestindo-se em míserável zombador
Repercutiu nas paredes do teu cérebro
Raiado nos olhos que pouco cerravam
Sim, sei das insones e solitárias madrugadas
Não ignoro as bebidas e tudo que te ocorria
Notívago guardando sono para clarear do dia
Em manhãs que flagravam o ocaso e olheiras
Dum vampiro frágil e falto de laços de sangue
Pois maldito seja este que sobrevivendo
Recusou extripar teus braços e as pernas
Um ser abstrato que não te quis pedaços
Mas que não te flertou com outros olhos
Senão aquele do terror que te propiciava
Assim, desditoso seja o que roubou a vida de filme inanimado
Refletiu insânia nos olhos de um sujeito inquieto e amargurado
Colidindo a infâmia dos fatos no bailado do teatro dos dedos
Sucumbidos ao pragmático romantismo da fina taça de cristal
Onde a embriaguez do vinho e diversas capsulas tarjas negras
Foram as sedutoras borboletas valsando suicídio na reta final
Copirraiti18Out2010
Véio China©
*(Em memória de um amigo 18/10/2010)
Maravilhada aqui! mais uma vez...aplausos.
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