domingo, 29 de agosto de 2010

Amargura

Ah se eu pudesse
Voar tão alto como o condor
Tornar-me diminuta vírgula
Apenas uma breve referência
Um ponto negro
Cravado no universo mesclado
De azul e branco

Ah se eu pudesse
Me tornar invisível
De alma e de corpo
Não sentir nem padecer
Naquilo que se transforma em dor
Que que fere a alma
E me afasta de Deus

Ah se eu pudesse escolher
Me fazer voltar
E ouvir
Os murmúrios de minha mãe
Num momento que não era meu
E no sêmem jorrado de meu pai
Não ser o mais forte
À vingar

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