Blasfemo incontido e raivoso
Sabes desconsertar-me com teu perfume
E este olhar tresloucado de devassidões
Assim, provocante vens em minha direção
E te fazes incauta, mas o olhar é dominante
Já que sabes o que fazer com o vestido negro
Que soergue palmo e meio acima do joelho
Pois sou teu escravo, instrumento de possessão
Então te tornas sorrateira e me envolve com riso debochado
Te despes e espalhas as tuas roupas por todos os cantos
E nua não há como deixar de notar-te os lábios vermelhos
E eu os beijo e desço pelo corpo e bebo de tua umidade
Num momento que é só teu Maldita Gata Borralheira!
Dissimulação que me dilacera neste olhar que chispa brasas
Enquanto a tua boca depravada seduz e sorve-me quente
Mesquinho, depois do gozo evito sair com você
Pois me enciumo em todas as esquinas do mundo
Onde nos escombros da noite e sob marquises neons
Sujeitos tragam fumaças que serpenteam dos cigarros long size
Homens à toa que não disfarçam a luxúria de te desejarem tanto
Ávidos por verem passar a linda grã fina pedinte de esmolas
Como se essa fosse a puta mais rameira do universo
Copirraiti ago/2010
Véio China©
Folhetim.
ResponderExcluir"...E eu te farei as vontades.
Direi meias verdades
Sempre à meia luz.
E te farei, vaidoso, supor
Que és o maior e que me possuis..."