sábado, 28 de agosto de 2010

SEVEN - (BY VÉIO CHINA)

SEVEN

Somados nas ambas mãos
os dez dedos eu tinha
Porém foi até o sete que contei;
Sete lindas moças, todas virgens
E eu, um viajante de boa falação
Seduzi tomando-as em fecundação

Pra que fui mexer com os mimos dos donos de latifúndios?
E foi assim que sete foram os revolveres dos coronéis
Nordestinos tão furiosos como os guizos das cascavéis

Longos e densos meses se passaram
E juro! não digo mentira, foram sete
E prematura nasceu a primeira cria

Queria ter visto a  minha menina, não vi
Pois só restou me evadir e fugir por aí
E corria de dia e me escondia na noite

Porém no ocaso do trovão dum lugar distante
Foi que a pontaria dum jagunço me alcançou
E gato que não mais era, não tive como fugir

Sete horas do mês sete
Dezessete foi o dia
Sete velas três de quartos
Sete chamas em sacristia
Eram os os risos do diabo que ardia
Alumiando o altar da Virgem Maria

Mesmo que não quisesse...Minas Gerais velava meu corpo indigente

Copirraiti ago/2010
Véio China©

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