Talvez eu deva chorar
até ressequir
e me ter varrida no tempo
Talvez este meu pranto
possa doer até o florir
de uma nova primavera
Talvez pranteie a saudade
e uma quase certeza
desta dor não mais acabar
Talvez, e só talvez
enleada no pranto que corrói
viajarei no lamento do vento
E me infiltrarei
delicada semente
em Terra Mãe
até um reflorescer
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