Sábia, a natureza fundiu os oceanos
numa única e inexorável imensidão azul,
fazendo desaparecer outras tonalidades
que um dia encantaram o astronauta.
Na superfície bilhões de corpos e tecnologias
bailavam isentos de vida
junto às ondas e aos ventos dos mares
como se pares fossem numa valsa de Strauss
Ele olhou para toda aquela devastação
e diante do apocalipse iminente
lavou as mãos como Pôncio Pilatos
-Tanta inteligência pra que?
perguntou-se num riso
miseravelmente incompreensível e imortal.
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